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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Escrava Isaura de Bernardo Guimarães



INTRODUÇÃO

Escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso e cruel.
O romance A Escrava Isaura foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época no Brasil. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo anti-escravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro. O estudioso Manuel Cavalcanti Proença observa que:
“Numa literatura não muito abundante em manifestação abolicionistas, é obra de muita importância, pelo modo sentimental como focalizou o problema, atingindo principalmente o público feminino, que encontrava na literatura de ficção derivativo e caminho de fuga, numa sociedade em que a mulher só saía à rua acompanhada e em dias pré-estabelecidos; o mais do tempo ficava retida em casa, sem trabalho obrigatório, bordando, cosendo e ouvindo e falando mexericos, isto é, enredos e intrigas, como se dizia no tempo e ainda se diz neste romance.”

O NASCIMENTO DO ROMANCE

A publicação de romances em folhetins - os capítulos aparecendo a cada dia nos jornais - já era comum no Brasil desde a década de 1830. A maior parte destes folhetins era composta por traduções de romances de origem inglesa, como as histórias medievais de Walter Scott, ou francesa, como as aventuras dos Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Emocionados, os brasileiros acompanhavam as distantes aventuras de um Ivanhoé ou de um D’Artagnan, transportando-se, em espírito, para os campos e reinos da Europa.
Embora fizessem sucesso junto ao público, os primeiros romances brasileiros, publicados em folhetim, não deixavam de ser considerados, pelos literatos “sérios”, como “uma leitura agradável, diríamos quase um alimento de fácil digestão, proporcionado a estômagos fracos.” O romance, esse gênero literário novo e “fácil”, que foi introduzido na literatura brasileira por autores como Joaquim Manuel de Macedo e Teixeira e Sousa, ganharia status de literatura "séria" com a obra de José de Alencar.

Os primeiros romances brasileiros

Na década de 1840 começam a aparecer alguns folhetins de autores nacionais, ambientados no Brasil. Teixeira e Sousa (1812-1861), considerado por muitos o nosso primeiro romancista, estréia em 1843 com O Filho do Pescador. No ano seguinte, o jovem estudante de medicina, Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), surge com A Moreninha, o primeiro romance nacional “apreciável pela coerência e pela execução”. Em meio à corrente açucarada dos nossos primeiros folhetinistas surge, já em 1852/53, a obra excêntrica de um jornalista carioca de vinte e um anos chamado Manuel Antônio de Almeida (1831-1861). As suas Memórias de um Sargento de Milícias retratam de forma irônica a vida do Rio de Janeiro “no tempo do rei” Dom João VI e apresentam um contraponto cômico à seriedade por vezes excessiva e à inverossimilhança dos romances do Dr. Macedinho.

A descrição do cenário nacional

O público interessava-se, portanto, cada vez mais por um romance de aventuras românticas que apresentasse o cenário brasileiro. O grande sucesso de público de O Guarani (1857), de José de Alencar, em que as aventuras de Peri e sua amada Cecília se desenrolam em meio à exuberante natureza fluminense, estimula os escritores a se voltarem para a apresentação da ambientação tipicamente nacional em suas obras.
Na década de 70 essa tendência nacionalista haveria de se consolidar, com o surgimento das obras de Franklin Távora (1842-1888), autor de O Cabeleira (1876) e o Visconde de Taunay (1843-1899), autor de Inocência (1872). É nesse cenário literário que aparece, em 1875, um dos maiores sucessos de público do período: A Escrava Isaura, que explora uma das questões mais polêmicas da sociedade brasileira da época, a escravidão.

O ENREDO

A história se passa nos “primeiros anos do reinado de D. Pedro II”, inicialmente em uma fazenda em Campos dos Goitacazes (RJ). Isaura, escrava branca e bem-educada, é assediada pelo seu senhor, Leôncio, recém-casado com Malvina. Isaura se recusa a ceder aos apelos de Leôncio, como já fizera, no passado, sua mãe, que, por ter repelido o pai de Leôncio, fora submetida a um tratamento tão cruel que, em pouco tempo, morrera.
Para forçá-la a ceder, Leôncio manda Isaura para a senzala, trabalhar com as outras escravas. Sempre resignada, suporta passivamente o seu destino, porém, não cede a Leôncio, afirmando que ele, como proprietário, era senhor de seu corpo, mas não de seu coração: “ - Não, por certo, meu senhor; o coração é livre; ninguém pode escravizá-lo, nem o próprio dono.” Leôncio, enfurecido, ameaça colocá-la no tronco.
No entanto, seu pai, ex-feitor da fazendo, consegue tirá-la de lá e foge com ela para Recife (PE). Em Recife, Isaura usa o nome de Elvira e vive reclusa numa pequena casa com seu pai. Então, conhece Álvaro, por quem se apaixona e é correspondida. Vai a um baile com ele, onde é desmascarada e reconhecida. Álvaro, ainda que surpreso, não se importa com o fato de ela ser uma escrava e resolve impedir que Leôncio a leve de volta, inclusive tentando comprá-la. Mas não consegue convencer o vilão, e este leva Isaura de volta ao cativeiro na fazenda.
Leôncio está praticamente falido e, com o objetivo de conseguir um empréstimo do pai de Malvina, consegue se reconciliar com a mulher, afirmando que Isaura é quem o assediava. Então, para punir Isaura, Leôncio manda que ela se case com Belchior, jardineiro da fazenda. Entretanto, Álvaro descobre a falência de Leôncio e compra a dívida dos seus credores, tornando-se proprietário de todos os seus bens, inclusive de seus escravos. No dia do casamento de Isaura, antes que se celebrasse a cerimônia, Álvaro aparece e reclama seus direitos a Leôncio. Vendo-se derrotado e na miséria, Leôncio suicida-se. Tudo termina, portanto, com a punição dos culpados e o triunfo dos justos.
Como bem o sintetizou Carlos Alberto Vecchi:

“A estrutura narrativa de A Escrava Isaura segue o modelo folhetinesco das histórias românticas: para atingir seu ideal e obter o reconhecimento de todos, o herói tem que realizar uma jornada perigosa, onde a própria vida é colocada em risco. O Amor, epicentro onde se debatem o Bem e o Mal, torna-se a força motriz que conduz ao restabelecimento do equilíbrio e da felicidade a todos que, em momento algum, se deixaram intimidar pelos desmandos de Leôncio. O Mal extirpado (o suicídio de Leôncio) cede lugar ao Bem. E aqueles que nortearam suas ações pelas virtudes maiores é que estão aptos a receber o prêmio daí decorrente.”

OS PERSONAGENS

A obra apresenta a tríade comum aos romances populares românticos: vilão, heroína e herói. E, graças à ausência de profundidade com que são construídos, os personagens do romance são planos, estáticos e superficiais.
Isaura, a heroína escrava, é branca, pura, virginal, possui um caráter nobre e demonstra “conhecer o seu lugar”: do princípio ao fim, suporta conformada a perseguição de Leôncio, as propostas de Henrique, as desconfianças de Malvina, sem jamais se revoltar. Permanece emocionalmente escrava, mesmo tendo sido educada como uma dama da sociedade. Tem escrúpulos de passar por branca livre, acha-se indigna do amor de Álvaro e termina como a própria imagem da “virtude recompensada”.
Vejamos como Guimarães descreve sua heroína:

“A tez é como o marfim do teclado, alva que não deslumbra, embaçada por uma nuança delicada, que não sabereis dizer se é leve palidez ou cor-de-rosa desmaiada. (…) Na fronte calma e lisa como o mármore polido, a luz do ocaso esbatia um róseo e suave reflexo; di-la-íeis misteriosa lâmpada de alabastro guardando no seio diáfano o fogo celeste da inspiração.”

Leôncio é o vilão leviano, devasso e insensível que, de “criança incorrigível e insubordinada” e adolescente que sangra a carteira do pai com suas aventuras, acaba por tornar-se um homem cruel e inescrupuloso, casando-se com Malvina, linda, ingênua e rica, por ser “um meio mais suave e natural de adquirir fortuna”. Persegue Isaura e se recusa a cumprir a vontade de sua mãe, já falecida, que queria dar a ela a liberdade e alguma renda para viver com dignidade.
Álvaro é um rico herdeiro, cavalheiro nobre e de caráter impecável, que “tinha ódio a todos os privilégios e distinções sociais, e é escusado dizer que era liberal, republicano e quase socialista”; um jovem de idéias igualitárias, idealista e corajoso para lutar contra os valores da sociedade a que pertence. Sua conduta moral é assim descrita pelo autor:

“Original e excêntrico como um rico lorde inglês, professava em seus costumes a pureza e severidade de um quacker. Todavia, como homem de imaginação viva e coração impressionaável, não deixava de amar os prazeres, o luxo, a elegância, e sobretudo as mulheres, mas com certo platonismo delicado, certa pureza ideal, próprios das almas elevadas e dos corações bem formados.”

Apaixonado por Isaura, o grande obstáculo que Álvaro precisa vencer é o fato de ser Isaura propriedade legítima de Leôncio. Para isso, vai à corte, descobre a falência de Leôncio, adquire seus bens e desmascara o vilão. Liberta Isaura e casa-se com ela, desafiando, assim, os preconceitos da sociedade escravocrata.
Nos demais personagens o processo de construção é o mesmo. Miguel, pai de Isaura, foge do conceito tradicional do mau feitor. Quando feitor da fazenda de Leôncio, tratara bem aos escravos e amparara Juliana, mãe de Isaura, nas suas desditas com o pai de Leôncio. Pai extremoso, deseja libertar a filha do jugo da escravidão e não mede esforços para isso.
Martinho é o protótipo do ganancioso: cabeça grande, cara larga, feições grosseiras e “no fundo de seus olhos pardos e pequeninos,… reluz constantemente um raio de velhacaria”. Por querer ganhar muito dinheiro entregando Isaura ao seu senhor, acaba por não ganhar nada. Já Belchior é o símbolo da estupidez submissa e também sua descrição física se presta a demonstrar sua conduta: feio, cabeludo, atarracado e corcunda. O crítico Manuel Cavalcanti Proença aponta “o parentesco entre o disforme e grotesco (de gruta) Belchior, e o Quasímodo de O Corcunda de Notre Dame, de Víctor Hugo, romance de extraordinária voga, ainda não de todo perdida, no Brasil.”
O dr. Geraldo é um advogado conceituado, que serve como fiel da balança para Álvaro, já que procura equilibrar os arroubos do amigo, mostrando-lhe a realidade dos fatos. Quando Álvaro, revoltado com a condição de Isaura e indignado com os horrores da escravidão, dispõe-se a unir-se a ela, mesmo sabendo que escandalizaria a sociedade, Geraldo retruca lucidamente que a fortuna de Álvaro lhe dá independência para “satisfazer os teus sonhos filantrópicos e os caprichos de
tua imaginação romanesca”. O que não é, na verdade, característica restrita apenas à sociedade escravocrata do século XIX.

Concessão ao preconceito?

Este romance já foi considerado, com bastante exagero, uma espécie de A Cabana do Pai Tomás (1851) nacional. Porém, Bernardo Guimarães, ao contrário da romancista americana Harriet Beecher Stowe, detém-se muito pouco na descrição dos sofrimentos provocados pelo regime escravocrata. Ele coloca, na boca de alguns personagens, como Álvaro e seus amigos, estudantes no Recife, algumas frases abolicionistas, mas parece tomar bastante cuidado em não provocar a fúria dos seus leitores conservadores. Está mais preocupado em contar as perseguições do senhor cruel à escrava virtuosa e, assim, conquistar a simpatia do leitor.
Bernardo Guimarães faz questão de ressaltar exaustivamente a beleza branca e pura de Isaura, que não denunciava a sua condição de escrava porque não portava nenhum traço africano, era educada e nada havia nela que “denunciasse a abjeção do escravo”. O que parece uma escolha preconceituosa e contraditória – contar as agruras da escravidão criando uma escrava branca – talvez seja melhor compreeendido se se levar em conta que a maior parte do público que consumia romances na época era composto por mulheres da sociedade, que apreciavam as histórias de amor.
Somem-se a isso o modelo de beleza feminino de então, caracterizado pela pele nívea e maçãs rosadas do rosto e, principalmente, o objetivo do autor de conquistar a solidariedade do leitor pela escrava, mostrando a que ponto extremo poderia chegar o regime escravocrata: “fisicamente, Isaura não é diferente das damas da sociedade, mas, por ser escrava, é obrigada a viver como os de sua classe, como objeto útil nas mãos de seu senhor”, conforme afirma a crítica Maria Nazareth Soares Fonseca.
O autor claramente conseguiu o que queria. A sociedade brasileira do século XIX, que tanto se apiedou das desventuras de Isaura, aceitou-a porque ela era branca e educada. O autor pôde, assim, demonstrar, através do seu sofrimento, o quanto “é vã e ridícula toda a distinção que provém do nascimento e da riqueza”. E é claro, a cor de Isaura serve, como afirma o crítico Antônio Cândido, “para facilitar a ação de Álvaro, compreensivelmente apaixonado e decidido a desposá-la, como fez.”
Se houve influência, portanto, do romance A cabana do Pai Tomás, talvez tenha sido apenas no que o crítico Alfredo Bosi aponta como referência: a cena da fuga de Campos para Recife, “talvez sugerida pela fuga de Elisa através dos gelos flutuantes de Ohio para a liberdade no Norte e por fim no Canadá”. Entretanto, o fato é que, como aponta o crítico, só depois do lançamento de A cabana do Pai Tomás “a literatura brasileira começou a ser povoada de feitores cruéis e de escravos virtuosos”.

A LINGUAGEM

O tratamento exageradamente romântico que o autor aplica neste livro faz com que ele tenha um caráter mais de lenda do que de realidade, ao contrário de seus outros romances, como O Ermitão de Muquém (1864), O Seminarista (1872) e O Garimpeiro (1872), em que a descrição regionalista do ambiente físico e social proporciona mais verossimilhança à trama.
Em A Escrava Isaura, o excesso de imaginação se traduz em “idealização descabida”, como afirma Antonio Candido, que se concretiza no plano da linguagem em descrições repetitivas e mecânicas dos personagens, com abuso de adjetivos redundantes.
Observe-se a descrição de Isaura quando senta-se ao piano no salão de baile no Recife:

“A fisionomia, cuja expressão habitual era toda modéstia, ingenuidade e candura, animou-se de luz insólita; o busto admiravelmente cinzelado ergueu-se altaneiro e majestoso; os olhos extáticos alçavam-se cheios de esplendor e serenidade; os seios, que até ali apenas arfavam como as ondas de um lago em tranqüila noite de luar, começaram de ofegar, túrgidos e agitados, como oceano encapelado; seu colo distendeu-se alvo e esbelto como o do cisne, que se apresta a desprender os divinais gorgeios. Era o sopro da inspiração artística, que, roçando-lhe pela fronte, a transformava em sacerdotisa do belo, em intérprete inspirada das harmonias do céu.”

O AMOR E A DONZELA INEXPUGNÁVEL

“Os motivos que compõem romance”, segundo Cavalcanti Proença, “são filiados nos velhos e perenes topos” – ou temas – “da literatura popular. O amor à primeira vista é um deles. Ver e amar é um verbo só. E isso porque a narrativa não é a história de um amor, mas dos sofrimentos do amor. (…) Para isso se entretecem os conflitos de escrava que não tem direito de amar, os do homem casado que não deve trair a esposa. (Amor verdadeiro só o primeiro.)”
Entre esses temas, há um que remonta à literatura medieval e que domina a narrativa como um todo, a partir da descrição de Isaura como pura e virtuosa, lutando contra a luxúria do seu senhor. É o da donzela inexpugnável, que defende sua pureza com todas as forças de que dispõe, preferindo arriscar-se à morte na fuga a se entregar sexualmente.
Entre os precursores da literatura folhetinesca está o romancista e tipógrafo inglês Samuel Richardson (1689-1761). A sua novela Pamela, ou a Virtude Recompensada, publicada em 1741, certamente é uma das fontes de inspiração mais contundentes para a composição do romance de Bernardo Guimarães. Nessa obra, Richardson narra as desventuras de Pamela Andrews, filha de camponeses que é educada por uma senhora nobre que, ao morrer, a entrega aos cuidados de seu filho, o Conde de Belfart. Esse jovem inescrupuloso atenta contra a virtude de Pamela, assediando-lhe com ameaças vis e acaba por entregar-lhe a uma vulgar alcoviteira. Mas Pamela, como Isaura, consegue defender-se, mantendo intacta a sua honra. Acaba por comover com suas lágrimas abundantes o Conde de Belfart que, arrependido, termina se casando com a heroína.
Bernardo Guimarães acrescenta à trama romanesca inventada por Richardson a figura do cavalheiro salvador Álvaro e a temática bem brasileira da escravidão.
Também Castro Alves, o maior dos nossos escritores abolicionistas, refere-se à defesa da virtude das escravas, em poemas como Súplica, do livro Os Escravos (1883):

“Que a donzela não manche em leito impuro
A grinalda do amor.
Que a honra não se compre ao carniceiro
Que se chama senhor.”




Vida e Obra
de Bernardo Guimarães

Um escritor popular

Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, filho de Constança Beatriz de Oliveira Guimarães e João Joaquim da Silva Guimarães, nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 15 de agosto de 1825. Aos quatro anos mudou-se com a família para Uberaba, onde fez o curso primário. O secundário, iniciou em Campo Belo e terminou em Ouro Preto. Em 1847, aos 24 anos, matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo.
Ao contrário dos estudos jurídicos, de que não gostava e por pouco não fora reprovado, o ambiente acadêmico – boêmio, festivo e influenciado pelas idéias do Romantismo - o atraía e o estimulava a desenvolver sua vocação pela literatura. Contemporâneo de escritores e poetas como José de Alencar e Casimiro de Abreu, torna-se amigo íntimo dos poetas Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa. Tudo indica – mas nada prova – que tenha participado da famosa “Sociedade Epicuréia”.
A capital paulista era, então, habitada por não mais de 15 mil pessoas, que viviam escandalizadas com as aventuras devassas dessa sociedade se-creta de estudantes, fundada em 1845. Seus membros, alunos da Academia, chamavam-se uns aos outros pelos nomes de personagens do Lord Byron e tinham, como objetivo principal, colocar em prática as “extravagantes fanta-sias” do poeta inglês. Realizavam orgias intermináveis e, diz a lenda, cerimônias macabras nos cemitérios paulistanos.
Antes da morte precoce de Álvares de Azevedo (1831-1852), os três amigos planejavam publicar um livro de versos, intitulado As Três Liras, nunca concretizado.
Terminado o bacharelado em Direito em 1852, Bernardo Guimarães foi nomeado juiz municipal de Catalão, em Goiás e publica, neste mesmo ano, Cantos da solidão, seu primeiro livro de poemas.
Depois de passar seis anos em Goiás, o escritor muda-se para o Rio de Janeiro e, entre 1858 e 1860, trabalha como jornalista e crítico literário no jornal Atualidade. Retorna a Goiás em 1861, novamente como juiz municipal de Catalão. No mesmo ano, resolve absolver e libertar todos as pessoas presas por delitos de pouca importância, já que a cadeia pública estava abarrotada. Faz isso em um julgamento sumário, ousadia que lhe rende um processo. Defende-se e é absolvido, mas sua carreira jurídica ficou comprometida.
Em 1864, vai para o Rio de Janeiro e, em 1866, volta para Ouro Preto, onde se casa com Teresa Maria Gomes, com quem viria a ter oito filhos. Em Ouro Preto, leciona retórica e poética no Liceu Mineiro durante pouco tempo, pois o curso logo foi extinto. Anos depois, em 1873, em Queluz (MG), o fato se repetiu: o curso de latim e francês, ministrado por Bernardo Guimarães, também foi cancelado. Um dos seus biógrafos, Basílio de Magalhães, acredita que o motivo foi o mesmo em ambos os casos: a ineficiência de Bernardo Guimarães como professor e sua pouca assiduidade às aulas.
No entanto, a partir de 1869, Bernardo Guimarães já começava a se destacar como escritor de prosa de ficção, com a publicação de seu primeiro romance, O ermitão de Muquém. Três anos depois, publica duas de suas principais obras: O seminarista e O garimpeiro. Mas foi com a primeira edição de A Escrava Isaura, em 1875, em meio à campanha abolicionista, que o escritor ganhou fama e popularidade.
Aos 58 anos, em 10 de março de 1884, Bernardo Guimarães morreu em Ouro Preto, deixando inacabadas as obras: A história de Minas Gerais, encomendada pelo imperador D. Pedro II, em 1881, e o romance O bandido do Rio das Mortes.
Em 1896, portanto doze anos após a sua morte, foi designado patrono da cadeira no 5 da Academia Brasileira de Letras.

Resumo de Frei Luís de Souza, Almeida Garrett



Resumo de Frei Luís de Souza, Almeida Garrett

Resumo:

“Em 1578, o rei D. Sebastião desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir. Não tendo deixado herdeiros, houve uma longa disputa pela sucessão. Entre os pretendentes estava Filipe, rei da Espanha, que anexou Portugal ao seu império em 1580. O domínio espanhol duraria sessenta anos (1580 a 1640). Criou-se nesse período o mito popular do "Sebastianismo", segundo o qual D. Sebastião, retornaria para reerguer o império português. Entre os nobres desaparecidos em Alcácer-Quibir estava D. João de Portugal, marido de Madalena de Vilhena. Tendo esperado durante sete anos o retorno do marido, Madalena acabou contraindo segundas núpcias com Manuel de Sousa Coutinho. Entretanto, vivia angustiada com a possibilidade de que o primeiro marido estivesse ainda vivo. Suas angústias eram alimentadas por Telmo Paes, o fiel escudeiro de D. João. Essa situação perdurou por vinte anos, no fim dos quais, D. João, que realmente estava vivo, retornou a Portugal. Revelada a sua identidade, no ponto culminante da peça, o desespero domina todas as personagens. No desenlace trágico, Manuel Coutinho e Madalena resolvem tomar o hábito religioso, como forma de expiação; durante a cerimônia, Maria de Noronha, filha do casal, tomada pela vergonha e pelo desespero, morre aos pés de seus pais. A atitude de Manuel de Sousa Coutinho em relação ao domínio espanhol assim como o retorno de D. João de Portugal (associado, evidentemente, ao sebastianismo) inserem-se na temática nacionalista, tão cara aos românticos da primeira geração."

Personagens principais:

- D. Manuel Coutinho de Souza (protagonista): herói romântico; filho de Lopo de Souza Coutinho; segundo esposo de D. Madalena; fidalgo honrado e religioso; abandona o nome de batismo ao ser convertido em frei. Passa a chamar-se Frei Luís de Souza.

- D. Madalena de Vilhena: foi esposa de D. João de Portugal; mulher recatada, virtuosa, cristã, dada a presságios; converte-se também à vida religiosa, recebendo o título Sóror Madalena. Os seus temores a impediram de desfrutar plenamente a felicidade de estar casada com D. Manuel. Revela que se apaixonou pelo segundo marido antes de ficar viúva e sente-se culpada e pecadora.

- D. João de Portugal: guerreiro honrado e generoso; parece ser cruel e vingativo, mas perdoa a esposa; pede a Telmo que salve D. Madalena e D. Manuel do triste fim que os aguardava.

- Maria de Noronha: filha do segundo casamento de D. Madalena; aos treze anos apresenta-se como menina pura, inteligente, perspicaz, intuitiva, estudiosa e que gosta de ler. É carregada de virtudes que a diferenciam das outras meninas da sua idade. É muito influenciada por D. Telmo. D. Madalena afirma que a menina não ouve, não crê, não sabe senão o que D. Telmo lhe diz. Sofre de tuberculose e morre no final da peça. Segundo Vasco Graça Moura , uma análise psicológica da obra revelaria uma conexão entre Maria e a filha ilegítima de Almeida Garrett com Adelaide Pastor.

- Telmo Paes: escudeiro que ajudou a criar D. Manuel, e antigo amigo da família que dizia amar Maria como se fosse sua filha. Alimenta os temores de D. Manuela e não impede que ela e o marido se entreguem ao claustro. Desejava o tempo todo o retorno de D. João de Portugal.

- Frei Jorge: irmão de D. Manuel; evita que Telmo apresente a solução proposta por D. João de Portugal para livrar a família de D. Manuel da degradação social. Portador do discurso católico que promete consolar os sofredores, caso se convertam à religião e aceitem os desígnios de Deus.

- Miranda e Doroteia: criados de D. Manuel e D. Madalena. Doroteia é a aia de Maria.

- D. Joana de Castro: tia de Maria que abandona o esposo para se tornar freira.

- Romeiro: D. João de Portugal que retorna do cativeiro na Terra Santa e não é reconhecido por D. Madalena.

Observações:

- As personagens são descritas ao longo da peça e através dos diálogos das personagens.

- Não há referências aos atributos físicos das personagens, exceto em raríssimos casos como o de Maria que sabemos ser uma menina franzina.

- Os criados não são descritos de forma alguma; somente seus nomes e suas ocupações são mencionados. A classe fidalga é privilegiada neste sentido.

- As personagens Telmo Paes e Frei Jorge crescem no terceiro ato, tornando-se fundamentais para o desfecho trágico da peça.

- Almeida Garrett trata D. Sebastião e Luís Vaz de Camões de forma tão atenciosa, que podemos considerá-los personagens secundárias.

Espaço e Tempo:

- A trajetória das personagens limita-se às cidades Lisboa e Almada, numa época de peste em processo de declínio.

- Influência das lutas pela liberdade religiosa no século XVI. Os ingleses já haviam traduzido as sagradas escrituras. Em Portugal, somente os religiosos dominavam os segredos do catolicismo, porquanto as missas eram rezadas em Latim.

- Influência do Iluminismo: observemos a definição extraída do Dicionário Aurélio – Século XXI:

Filosofia das Luzes: Movimento filosófico do séc. XVIII que se caracterizava pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento. [Sin.: iluminismo, ilustração. Tb. se usam o alemão: Aufklärung e o ingl. Enlightenment. ]

Vejamos, agora, o que D. Manuel diz à Maria:

“E Deus entregou tudo à nossa razão, menos os segredos de sua natureza inefável, os de seu amor e da sua justiça e misericórdia para conosco. Esses são os pontos sublimes e incompreensíveis da nossa fé! Esses crêem-se; tudo mais examina-se.”



Características Românticas:

- Nacionalismo: as personagens falam e agem, demonstrando um patriotismo ufanista:

“– O meu nobre pai! Oh, meu querido pai! Sim, sim, mostrai-lhe quem sois e o que vale um português dos verdadeiros!”



- Idealização de personagens femininas: Maria, D. Manuela, D. Joana de Castro são exemplos das mais diversas virtudes. O segundo casamento de D. Manuela não chega a ser uma atitude pecaminosa, posto que procurou por D. João de Portugal durante sete anos, investindo uma grande quantia de dinheiro nessa procura. Somente quando todos, exceto Telmo Paes, desacreditaram na possibilidade de D. João estar vivo, consolidou sua união com D. Manuel. Maria, por sua vez, é citada como um anjo de bondade.

- Pessimismo: é facilmente detectado no diálogo das personagens:

“– Meu adorado esposo, não te deites a perder, não te arrebates. Que farás tu contra esses poderosos?”

“Crê-me que to juro na presença de Deus; a nossa união, o nosso amor é impossível.”



Notamos que esse pessimismo explícito abre portas ao metafísico, sob a forma de presságios e agouros, que disputam, em pé de igualdade com os dogmas do catolicismo, a fé popular. Algumas personagens acreditam em Deus, mas crêem igualmente que seus medos e suas sensações são avisos de que alguma coisa ruim realmente acontecerá:

“...não entremos com os teus agouros e profecias do costume: são sempre de aterrar... Deixemo-nos de futuros...”

“... agora não lhe sai da cabeça que a perda do retrato é prognóstico fatal de outra perda maior, que está perto, de alguma desgraça inesperada, mas certa, que a tem de separar de meu pai.”



- Sentimentos e emoções conturbados: não há paz e tranqüilidade no relacionamento das personagens principais. Amor e medo caminham juntos, gerando atitudes precipitadas e movidas pelo desespero:

“...peço-te vida, vida, vida... para ela, vida para a minha filha!”

“– Se Deus quisera que não acordasse!”

“– Vamos; eu ainda não me intendo bem claro com esta desgraça. Dize-me, fala-me a verdade: minha mulher...– minha mulher! com que boca pronuncio eu ainda estas palavras! – D. Madalena o que sabe?”



- A natureza também não se apresenta sempre tranqüila. Vimos na descrição do Tejo que suas águas ficam furiosas quando o tempo muda:

“Mas neste tempo não há de fiar no Tejo: dum instante para o outro levanta-se um nortada... e então aqui o pontal de Cacilhas! Que ele é tão bom mareante...”



- Escapismo: quando a situação adquire uma carga insuportável de sofrimento moral e emocional, os protagonistas não enfrentam o repúdio da sociedade e aceitam o refúgio na vida religiosa:

“– Madalena... senhora! Todas estas coisas são já indignas de nós. Até ontem, a nossa desculpa, para com Deus e para com os homens, estava na boa-fé e seguridade de nossas consciências. Essa acabou. Para nós já não há senão estas mortalhas (tomando os hábitos de cima da banca) e a sepultura dum claustro.”



Análise dos atos e das cenas:

Primeiro ato:

- Subdivide-se em doze cenas.

- Câmera antiga e luxuosa dos princípios do século dezessete.

- Apenas um retrato do cavaleiro São João de Jerusalém.

- Menciona a posição das portas que será invertida no ato seguinte.

- Começa num início de tarde em Lisboa.

Segundo ato:

- Subdivide-se em quinze cenas.

- Palácio, em Almada, que pertencera a D. João de Portugal.

- O salão antigo, de gosto melancólico e pesado, cria um contraste com o cenário do primeiro ato.

- Há vários retratos, entre eles os do Del-rei D. Sebastião, Camões e D. João de Portugal.

- A posição das portas faz, como no primeiro ato, referência ao interior e exterior do ambiente. A inversão causa uma sensação de real mudança de domicílio.

- O aspecto religioso transparece através da Capela da Senhora da Piedade e da Igreja de São Paulo.

- Não é mencionado em que parte do dia este ato se desenvolverá.

Terceiro ato:

- Subdivide-se em doze cenas.

- Ocorre na parte baixa do Palácio, onde encontramos a Capela da Senhora da Piedade da Igreja de São Paulo dos Domínicos d’Almada.

- Os móveis e a ornamentação intensificam a melancolia do ambiente. A simbologia da cruz de tábua negra com o letreiro INRI sugere sacrifícios de cunho religioso.

- As cores, além de mais escuras, são acrescidas do peso dos materiais de que são feitos os objetos: castiçal de chumbo.

- A iluminação noturna, composta de tochas e velas, não dispensa a declaração de que o ato começa na total ausência de luz solar: “é alta noite”.

Os três atos desenvolvem-se em ambientes diferentes que acompanham o clima de tensão, e colaboram de forma graciosa para a sua intensificação. O declínio de luzes e cores dá o exato tom sombrio e triste, condizente com o destino das personagens.

A descrição dos cenários é feita de forma objetiva, sem rebuscamento de linguagem, assemelhando-se a uma lista de ingredientes.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NO MOINHO

No moinho (Conto), de Eça de Queirós


Com enredo muito parecido com o de O primo Basílio, em uma linha acentuadamente naturalista, o conto No Moinho tem um problema relativo à construção da protagonista. A falta de coerência marca a trajetória que vai da “senhora modelo”, que vive para cuidar do marido inválido e dos filhos doentes, à mulher promíscua, que pensa em apressar a morte do marido e deixa os filhos sujos e sem comida até tarde. Toda esta transformação de caráter provocada pelo simples beijo de um primo.

Apesar da variedade temática, pode-se perceber no conto de Eça uma grande preocupação com as dores humanas. Seus personagens são em geral tristes, alguns céticos, outros ingênuos, mas sempre atormentados.

Neste conto como em outros, os eventos surgem no discurso narrativo seguindo a sua ordem cronológica.

Os eventos são relatados linearmente, delineando três situações diferentes para a personagem protagonista:

— a da enfermeira zelosa;
— aquela em que conhece e se apaixona por Adrião;
— aquela em que se entrega a leituras românticas desencadeadoras de imaginários falsos e perniciosos.

O final adúltero é a consequência lógica e determinística deste percurso. O elemento desencadeador da ação é Adrião, cuja chegada vem alterar o decorrer monótono, mas pacífico, da vida de D. Maria da Piedade, causando diferentes atitudes e comportamentos. A sua visita instaura o conflito necessário à narrativa.

O espaço e o tempo da história — uma vila de província e um tempo contemporâneo — são facilmente reconhecíveis pelo leitor, porque se apresentam idênticos à sua própria vivência.

No moinho é um conto que prescreve que o leitor imagine aquela história como verdadeira. Trata-se de uma forma específica de desencadear o imaginar muito utilizada pela ficção realista.

Personagens principais

D. Maria da Piedade - protagonista. Caracterizada como "uma loura, de perfil fino, a pele ebúrnea, e os olhos escuros de um tom de violeta, a que as pestanas longas escureciam mais o brilho sombrio e doce", surge no início do conto com a imagem angélica de mulher sacrificada e dedicada às doenças do marido e dos filhos, vivendo isolada do mundo e da vida social. A chegada de Adrião, primo do marido, modifica esta existência: uma fugaz atração sentimental por essa figura viril e atrativa induz Maria da Piedade num "romantismo mórbido" que a leva ao adultério.

Adrião: primo de João Coutinho, é escritor famoso e homem público. Adrião projeta, sobre a vila em que vive D. Maria da Piedade a sua fama de "herói de Lisboa, amado das fidalgas, impetuoso e brilhante, destinado a uma alta situação no Estado". Também por isso, a sua figura viril e sedutora atrai Maria da Piedade a uma fugaz aventura, resultado de um comportamento masculino de índole donjuanesca.

Enredo

A história do conto No Moinho é composta pela narração de parte da vida de D. Maria da Piedade, uma senhora modelo, loira e linda, casada com João Coutinho — rico mas entrevado —, que toma conta da sua casa, trata das doenças do marido e dos filhos, agindo como uma zelosa enfermeira. A chegada de Adrião, primo do marido, que embora seja romancista é caracterizado como um homem robusto, vem alterar a rotina deste modo de viver. Depois de o ajudar a vender uma propriedade, D. Maria da Piedade vai com ele visitar um moinho velho; e Adrião, cortejando a prima, fala-lhe de uma vida a dois, ali, no moinho, e dá-lhe um beijo. Adrião parte logo para Lisboa, mas esta experiência leva D. Maria da Piedade a imaginar um outro modo de vida. Começa a ler romances e a não cuidar dos seus doentes. Envolvida num "romanticismo mórbido", acaba por cometer adultério com o sebento praticante da botica.
FONTE: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/n/no_moinho_conto

segunda-feira, 28 de março de 2011

MUITO INTERESSANTE ESSA PESQUISA!

De aorcdo com uma peqsiusa


de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que

a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.


Sohw de bloa.



Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito..

35T3
P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3
F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310
COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453
4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M
ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

EM BREVE O LANÇAMENTO DO MEU 1º LIVRO.



Mergulhei em uma grande empreitada. Passei a investigar algumas narrativas e em cima delas comecei a idealizar alguns contos, a partir de então, estou trabalhando neles, em breve se Deus quiser lançarei meu tão sonhado primeiro livro. Aguardem!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Morre Benedito Nunes, um dos mais importantes pensadores da atualidade

27/02 às 16h23 - Atualizada em 27/02 às 16h27
Morre Benedito Nunes, um dos mais importantes pensadores da atualidade
Jornal do Brasil

BELÉM - O Pará perdeu uma de suas personalidades mais ilustres. Reconhecido internacionalmente como um dos pensadores mais importantes da atualidade, o professor, filósofo, crítico literário, ensaísta e escritor Benedito Nunes morreu na manhã deste domingo, aos 80 anos, no Hospital Beneficente Portuguesa, em Belém.

O corpo está sendo velado na Igreja de Santo Alexandre, no complexo Feliz Lusitânia, um dos pontos de Belém que ele mais amava. Benedito Nunes, professor emérito da Universidade Federal do Pará (UFPA), era também apaixonado por Belém e pela Amazônia e recebeu inúmeros prêmios, um dos últimos o Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.

O governador Simão Jatene divulgou nota oficial sobre a morte de Benedito Nunes:

"Em nome de todos os paraenses, agradeço a inestimável contribuição do mestre Benedito José Nunes à cultura do país. A sua dedicação como escritor, crítico de arte, filósofo e professor é irretocável. Mais ainda, sua grandeza como paraense se revelou quando recebeu convites irrecusáveis para trabalhar em outros centros, no Brasil e no exterior, mas escolheu o Pará como destino e lugar para viver e construir a sua vasta e admirável trajetória intelectual. O Pará, reconhecido, saberá honrar a sua memória."

Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/02/27/morre-benedito-nunes-um-dos-mais-importantes-pensadores-da-atualidade/


Benedito Nunes, o iluminista dos trópicos

Paraense de Belém, ele é considerado um dos maiores pensadores brasileiros e não abre mão de sua cidade natal

http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/25/textos/673/

OBRAS

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DA ARTE. Editora Dominus S.A. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1966.
Mostra como se deu a construção da ideia de Arte em Aristóteles e Platão para analisar os principais filósofos de arte contemporâneos.
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA. Editora Dominus S.A. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1967.
Trata das correntes e tendências que não só prefiguram um estilo de pensamento diferente da tradição filosófica moderna, mas manifestam a crise da filosofia enquanto discurso teórico.
PASSAGEM PARA O POÉTICO (FILOSOFIA E POESIA EM HEIDEGGER). Editora Ática, São Paulo, 1986.
Trajetória do pensamento filosófico para o poético na obra do pensador alemão Martin Heidegger.
O TEMPO DA NARRATIVA. Editora Ática, São Paulo, 1988. O livro analisa a pluralidade do tempo na obra literária, estudada a partir das noções de ordem, duração e direção.
O DORSO DO TIGRE. Editora Perspectiva, São Paulo, 1969.
Livro dedicado ao amigo Haroldo Maranhão e um dos dez mais importantes trabalhos de crítica literária do Brasil. Neste livro de ensaios filosóficos e literários, o autor mescla literatura com filosofia.
O NIETZSCHE E HEIDEGGER. Editora Pazulin, Rio de Janeiro, 2000.
Em que medida a "identidade filosófica" que Heidegger atribui a Nietzsche constitui um ponto decisivo e fundamental da constituição da própria identidade filosófica de Heidegger? É em torno deste círculo que a argumentação do autor transita.
JOÃO CABRAL, A MÁQUINA DO POEMA. Editora Universidade de Brasília, Brasília, 2007. Neste livro, com organização e prefácio de Adalberto Muller, o autor ensaísta faz uma releitura da obra do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto.
O DRAMA DA LINGUAGEM - UMA LEITURA DE CLARICE LISPECTOR. Editora Ática, São Paulo, 1989.
Na fronteira entre a literatura e a filosofia, o autor faz uma leitura já clássica da obra da autora.
FONTE:http://www.45graus.com.br/morre-benedito-nunes-um-dos-mais-importantes-pensadores-da-atualidade,verdeveredas,77919.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"

Quem deseja o bem e o futuro honrado do Brasil deve difundir esta mensagem... A Globo precisa saber que existem brasileiros inteligentes e honrados nesta terra... Palmas para o nosso corajoso cronista...

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB),
produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos
chegar ao fundo do poço...A décima terceira (está indo longe!) edição
do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser
difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho
atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu
fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo,
principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema
banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado
dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos
“heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra
gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza
ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a
realidade em busca do IBOPE..

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu
um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas
parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do
“zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o
negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou
piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta,
a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM
que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e
escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro
de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente
bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se
morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte
da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da
dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro
repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e
meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente,
chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros,
profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os
professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores
incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com
dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida
por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a
isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças
complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais
saudável e digna.

Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs,
voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de
carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna
heroína, Zilda Arns).

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam
suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como
mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não
acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos
telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro
estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à
criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e
moral.


E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a
"entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da
Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de
pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta
centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e
setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil
reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia
se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia,
alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de
5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e
indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário
Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...,
estudar.... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... ,
telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar
com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir
o que ainda
resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Macetes de crase

Crase
Regra de crases: Para cantar com o ritmo Jingle Bells:
"Se vou 'a', volto 'da', crase haverá,
Se vou 'a', volto 'de', crase para quê?"
(colaboração de: Miriam Camila Garcia de Lima)

Crase
Para usar a crase nas frase do tipo: Vou a Roma e à Itália, Vou à Argentina
Macete: você muda a frase para Voltei de Roma e voltei da Itália
Obs: Quando aparecer de nos dois, não te crase
Ex: Voltei de Roma e voltei da Argentina (só aparece de na primeira, então usa-se a crase)
___ Vou à Argentina, Voltei da Argentina (não aparece de, então usa-se a crase)
Macete: quem vai à e volta da crase Há, quem vai a e volta de crase pra que?
________quando venho, venho da, quando vou craseio o a. Quando venho, venho de, quando vou, crase pra quê?

Pode-se cantar em vários ritmos:
Cara a cara
não tem crase
isto é fácil de guardar
com palavra repetida
não se deve "crasear"
II
Não se deve usar a crase
em casos especiais
com palavras masculinas
ou pronomes pessoais
III
Dona, senhora, senhorita
fazem caso genial
assanhadas vem e aceitam
o artigo é fatal
IV
Nome próprio masculino
uma crase aceitará
se com moda ou maneira
antes eu puder falar
V
Casa própria, a do falante
me rejeita o artigo
e se isso acontece
"crasear" eu não consigo
VI
Se há um complemento
e é nominal
é só ter o feminino
e praticar normal
VII
Objeto, indireto
faz um caso decisivo
se ainda vem tasendo
qualquer termo feminino

Conjunções e Locuções - Conjuntivas Subordinativas
São elas: Concessivas, Condicionais, Comparativas, Causais, Conformativas, Consecutivas, Temporais, Proporcionais, Finais e Integrantes.
Macete: CoCoCom CaCoCo TemProFinIn

Música para saber os porquês:
Hoje eu acordei com vontade de escrever
olhei atentamente os quatro ipos de porque
junto, separado, com acento ou sem acento
esse é o porque que eu não agüento
é separado para pergunta
e com acento somente no final
será juntinho para resposta
e com acento pra motivo real
Colaboração de : Gabriela Cabrera

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A AMAZÔNIA SEMPRE SERÁ NOSSA!

.


Eu acredito que todo o brasileiro tenha que ler está matéria:

Afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho,
educadíssimo, nos americanos...




Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, o
ex-governador do Distrito Federal, CRISTOVÃO BUARQUE, foi questionado sobre
o que pensava da internacionalização da Amazônia.


O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a
resposta de um humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristóvão Buarque:


De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a
internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse
patrimônio, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a
Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o
mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada,
internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro

O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a
Amazônia para o nosso futuro.

Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar
ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado.

Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não
pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a
Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões
arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas
financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos
os grandes museus do mundo.

O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é
guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.

Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio
natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um
proprietário ou de um país.

Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um
quadro de um grande mestre.

Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do
Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em
comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.

Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve
ser internacionalizada.

Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim
como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada
cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer
ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de
deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais
nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar
essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as
lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem
defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em
troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada
criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não
importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do
mundo inteiro.

Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem
as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não
deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando
deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.

Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a
Amazônia seja nossa. Só nossa!"

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Por Araújo, A. Ana Paula de
Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo.

Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.

Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal.

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.

- A pequena criança é uma gracinha.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.

a) Um adjetivo após vários substantivos

1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.

- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.

2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.

- Ela tem pai e mãe louros.
- Ela tem pai e mãe loura.

3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural.

- O homem e o menino estavam perdidos.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.

b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos

1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo.

Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco.

2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.

Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.

c) Um substantivo e mais de um adjetivo

1- antecede todos os adjetivos com um artigo.

Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.

2- coloca o substantivo no plural.

Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.

d) Pronomes de tratamento

1 – sempre concordam com a 3ª pessoa.

Vossa santidade esteve no Brasil.

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado

1 – Concordam com o substantivo a que se referem.

As cartas estão anexas.
A bebida está inclusa.
Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz.

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)

1 – Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.

Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

g) É bom, é necessário, é proibido

1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.

Canja é bom. / A canja é boa.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.

h) Muito, pouco, caro

1- Como adjetivos: seguem a regra geral.

Comi muitas frutas durante a viagem.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Os sapatos estavam caros.

2- Como advérbios: são invariáveis.

Comi muito durante a viagem.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.

i) Mesmo, bastante

1- Como advérbios: invariáveis

Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

2- Como pronomes: seguem a regra geral.

Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

j) Menos, alerta

1- Em todas as ocasiões são invariáveis.

Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.

k) Tal Qual

1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o conseqüente.

As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

l) Possível

1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.

A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.

m) Meio

1- Como advérbio: invariável.

Estou meio insegura.

2- Como numeral: segue a regra geral.

Comi meia laranja pela manhã.

n) Só

1- apenas, somente (advérbio): invariável.

Só consegui comprar uma passagem.

2- sozinho (adjetivo): variável.

Estiveram sós durante horas.
FONTE:http://www.infoescola.com/portugues/concordancia-nominal/

Concordância Verbal

Regra geral:

Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo deverá ficar.

Por exemplo, a frase As instalações da empresa são precárias tem como sujeito “as instalações da empresa”, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que são precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural.
Até aí tudo bem. O problema surge, quando o sujeito é uma expressão complexa, ou uma palavra que suscite dúvidas. São os casos especiais, que estudaremos agora:

01) Coletivo: Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo, bando, multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena parte, grande parte, metade, porção, etc., poderão ocorrer três circunstâncias:

A) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de qualquer restritivo: Nesse caso, o verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular.
Ex. A multidão invadiu o campo após o jogo.
O bando sobrevoou a cidade.
A maioria está contra as medidas do governo.

B) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de restritivo no plural: Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo.
O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo.

C) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de restritivo, e se encontra distante do verbo: Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.
O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
A maioria, hoje em dia, está / estão contra as medidas do governo.

Um milhão, um bilhão, um trilhão:

Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a conjunção e, o verbo ficará no plural.
Ex. Um milhão de pessoas assistiu ao comício
Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao comício.

02) Mais de, menos de, cerca de, perto de: quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará com o numeral que vier imediatamente à frente.

Ex. Mais de uma criança se machucou no brinquedo.
Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada.
Cerca de duzentos mil reais foram surripiados.

Quando Mais de um estiver indicando reciprocidade ou com a expressão repetida, o verbo ficará no plural.

Ex. Mais de uma pessoa agrediram-se.
Mais de um carro se entrechocaram.
Mais de um deputado se xingaram durante a sessão.

03) Nome próprio no plural: quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o elemento a que ele se refere:

A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira.

B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo concordará com o artigo; caso não haja artigo, o verbo ficará no singular.
Ex. Os Estados Unidos comandam o mundo.
Campinas fica em São Paulo.
Os Andes cortam a América do Sul.

04) Qual de nós / Quais de nós: quando o sujeito contiver as expressões ...de nós, ...de vós ou ...de vocês, deve-se analisar o elemento que surgir antes dessas expressões:

A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada um, alguém, algum...), o verbo deverá ficar no singular.
Ex. Quem de nós irá conseguir o intento?
Quem de vós trará o que pedi?
Cada um de vocês deve ser responsável por seu material.

B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns, muitos...), o verbo tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar com o pronome nós ou vós.
Ex. Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento?
Quais de vós trarão / trareis o que pedi?
Muitos de vocês não se responsabilizam por seu material.

Pronomes Relativos:

Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito, deveremos analisar o seguinte:

A) Pronome Relativo que: o verbo concordará com o elemento antecedente.
Ex. Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça)
Fomos nós que telefonamos a você. (Nós telefonamos a você)
Estes são os garotos que foram expulsos da escola. (Os garotos foram expulsos)

B) Pronome Relativo quem: Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", utiliza-se o verbo na terceira pessoa do singular, ou este concorda com o seu antecedente, ou seja, é flexionado de acordo com o sujeito.
Ex: Fui eu quem trouxe os presentes.
Fomos nós quem respondemos às questões.
FONTE:http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-verbal.htm

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CRASE

CRASE

Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.

Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:

• Aonde (preposição a + advérbio onde)
• Ao (preposição a + artigo o)

Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja:

• da ( preposição de + artigo a)
• na (preposição em + artigo a)

Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.

Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.

Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.

Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.

Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.

É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.Veja:

Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.

Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
FONTE:http://www.brasilescola.com/gramatica/crase.htm

Regência Nominal

Regência Nominal é o nome da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição.

No estudo da regência nominal, deve-se levar em conta que muitos nomes seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes.

Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.

- alheio a, de - liberal com
- ambicioso de - apto a, para
- análogo a - grato a
- bacharel em - indeciso em
- capacidade de, para - natural de
- contemporâneo a, de - nocivo a
- contíguo a - paralelo a
- curioso a, de - propício a
- falto de - sensível a
- incompatível com - próximo a, de
- inepto para - satisfeito com, de, em, por
- misericordioso com, para com - suspeito de
- preferível a - longe de
- propenso a, para - perto de
- hábil em

Exemplos:

Está alheio a tudo.
Está apto ao trabalho.
Gente ávida por dominar.
Contemporâneo da Revolução Francesa.
É coisa curiosa de ver.
Homem inepto para a matemática.
Era propenso ao magistério.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
FONTE:http://www.brasilescola.com/gramatica/regencia-nominal.htm

Regência Verbal

A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as orações de um período.

A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.

Verbos Transitivos Diretos
Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Verbos Intransitivos

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS

São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto direto.
Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de se analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar, que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva.

O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome oblíquo.
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Como são pronomes oblíquos tônicos, só são usados com preposição, por isso se classificam como objeto direto preposicionado.

EU PROCURO UM GRANDE AMOR
(VTD) (OD)

Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência.

Aspirar será VTD, quando significar sorver, absorver.
Como é bom aspirar a brisa da tarde.

Visar será VTD, quando significar mirar ou dar visto.
O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.

Agradar será VTD, quando significar acariciar ou contentar.
A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas.

Querer será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar..
Sempre quis seu bem.
Quero que me digam quem é o culpado.

Chamar será VTD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.

Implicar será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.

Desfrutar e Usufruir são VTD sempre.
Desfrutei os bens deixados por meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam.

Namorar é sempre VTD. Só se usa a preposição com, para iniciar Adjunto Adverbial de Companhia. Esse verbo possui os significados de inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência e cobiça, cobiçar.
Joanilda namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
Eu estava namorando este cargo há anos.

Compartilhar é sempre VTD.
Berenice compartilhou o meu sofrimento.

Esquecer e Lembrar serão VTD, quando não forem pronominais, ou seja, caso não sejam usados com pronome, não serão usados também com preposição.
Esqueci que havíamos combinado sair.
Ela não lembrou o meu nome.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado OBJETO INDIRETO.
O objeto indireto pode ser representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome oblíquo.
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

EU GOSTO DE BEIJAR
(VTI) (OI)

Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos indiretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS, COM A PREPOSIÇÃO. A:

Aspirar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar..
Aspiramos a uma vaga naquela universidade.

Visar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar.
Sempre visei a uma vida melhor.

Agradar será VTI, com a prep. a, quando significar ser agradável; satisfazer
. Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo.

Querer será VTI, com a prep. a, quando significar estimar.
Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.

Assistir será VTI, com a prep. a, quando significar ver ou ter direito.
Gosto de assistir aos jogos do Santos.
Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.

Custar será VTI, com a prep. a, quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS

São os verbos que possuem os dois complementos - OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO.
CHAMEI A ATENÇÃO DO MENINO, POIS ESTAVA CONVERSANDO DURANTE A AULA.
VTDI Objeto Direto Objeto indireto

Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa repreender, e sim fazer se notado. Por exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.

VERBOS INTRANSITIVOS

São os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.

AS MARGARIDAS MORRERAM.
(VI)
FONTE:http://www.brasilescola.com/gramatica/regencia-verbal.htm

A Lei antes de Moisés

Os Dez Mandamentos antes de Moisés
Muitos acreditam que os Dez Mandamentos surgiram quando Moisés recebeu-os no monte Sinai, e até então eram desconhecidos para a humanidade. Outros creem que eles foram substituídos por "dois novos" que Cristo nos deixou. E alguns vão mais além, creem que os Dez Mandamentos foram destinados aos judeus e não precisam ser obedecidos pelos gentios. A Bíblia, porém, revela uma realidade totalmente oposta a essas teorias. No livro de Gênesis encontramos o seguinte relato:

"Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito... Abraão obedeceu à Minha palavra e guardou os Meus mandados, os Meus preceitos, os Meus estatutos e as Minhas leis." (Gênesis 18:19; Gênesis 26:5 cf Gênesis 13:14-17)

O próprio Deus declara que escolheu Abraão para ensinar aos seus descendentes Sua justiça e leis, Seus juízos e preceitos. E declara ainda que Abraão obedeceu e seguiu tudo o que lhe fora ordenado. E os descendentes de Abraão, será que foram igualmente zelosos com relação a justiça, as leis, juízos, enfim, com os caminhos do Senhor? Vejamos o que a Bíblia revela:

"Disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na Minha lei ou não. Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.
Ao sexto dia, colheram pão em dobro e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés. Respondeu-lhes ele:
Isto é o que disse o SENHOR: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte...
... comei-o hoje, porquanto o sábado é do SENHOR; hoje, não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele, não haverá.
Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o acharam. Então, disse o SENHOR a Moisés: até quando recusareis guardar os Meus mandamentos e as Minhas leis? (Êxodo 16:2-31)"



Isso ocorreu no deserto de Sim, antes que os filhos de Abraão chegassem ao deserto de Sinai, onde receberam a Lei de Deus na sua forma escrita após firmarem com o Senhor o pacto de aliança (Êxodo 16:1; Êxodo 20:1-17; Êxodo 34:1-4).
Agora surgi a pergunta: Por que Deus colocaria à prova os descendentes de Abraão sobre Sua lei, e mais especificamente sobre o 4.º mandamento, que está incluído nela, se eles ainda "iriam" recebê-la em tábuas de pedra?
Segundo alguns, ela era desconhecida até aquele momento, entretanto, a Bíblia mostra que isso não procede. Observe que Deus ainda enfatiza dizendo: "até quando?", o que demonstra que o povo naquele momento, além de serem conhecedores da Lei de Deus, vinham de longa data negligenciando-a. Deus jamais teria "testado" o povo naquela ocasião se o mesmo não conhecesse a Sua lei. Isso seria injusto, seria algo inconcebível. Abraão ensinou aos seus filhos o conhecimento adquirido e passado de geração a geração desde a época de Adão.
A LEI DE DEUS NO ÉDEN


Adão e Eva transgrediram no Éden quase todos os mandamentos da Lei de Deus quando cederam aos ensinos de Satanás; desprezaram a verdade, o amor e a justiça de Deus. Nessa atitude infeliz, Adão e Eva desonraram o SENHOR perante todo o universo; tiveram um "deus" no lugar do Deus Criador ao aceitarem os argumentos sutis de Satanás; cobiçaram e furtaram o que não lhes pertenciam ao se apropriarem do "fruto do conhecimento do bem e do mal"; sentenciaram a morte gerações, pois perderam o direito a vida eterna e condenaram seus filhos ao mesmo destino; e se tal ocorreu no sábado, ainda podemos citar que tais transgressões ofenderam o Senhor no Seu santo dia.1
Antes desse trágico acontecimento, eles não conheciam as consequência ou resultados do pecado. "Eis que o homem se tornou como um de nós conhecedor do bem e do mal" (Gênesis 3:22). Eles conheciam perfeitamente a bondade, isto é, desfrutavam do amor de Deus, dia-a-dia, e tinham conhecimento desse amor representado na Sua lei. A respeito dessa trasngressão, no Éden, a Bíbia revela:

"Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte... porque o salário do pecado é a morte... e aquele que pratica o pecado também transgride a lei porque o pecado é a transgressão da lei. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei".2

"Adão e Eva persuadiram-se de que seria questão insignificante o comer do fruto proibido, e que tal ato não poderiam resultar em terríveis consequências como as de que Deus os avisara. Mas essa questão insignificante constituía uma transgressão da imutável e santa lei divina, e separou o homem de Deus, abrindo os diques da morte e trazendo sobre o mundo misérias indizíveis. Século após século tem subido da Terra um contínuo grito de lamento, e toda criação geme aflita, em resultado da desobediência do homem. O próprio Céu sentiu os efeitos da rebelião de Satanás contra Deus.
O Calvário aí está como um monumento do estupendo sacrifício exigido para expiar a transgressão da lei divina. Não podemos considerar o pecado coisa trivial. Depois da desobediência, Adão e Eva a princípio imaginaram-se ter obtido uma condição mais elevada de existência. Mas logo o pensamento de seus pecados os encheram de terror. Desapareceram o amor e a paz que haviam desfrutado, e em seu lugar experimentavam uma intuição de pecado, um terror pelo futuro. A veste de luz que os rodeara, desapareceu; e para suprir sua falta procuraram fazer para si uma cobertura, pois enquanto estivessem nus, não podiam enfrentar o olhar de Deus e dos santos anjos. Mas a nudez era mais do que física, era também uma nudez de alma."3
Lúcifer, que posteriormente se tornou Satanás, transgrediu inicialmente no Céu o décimo mandamento, pois cobiçou ser como Deus, e, tal atitude levou-o posteriormente a pisar os demais mandamentos4. E aquilo que ele não conseguiu obter no Céu, tenta a todo custo obter na Terra, que é levar todos a segui-lo em desobediência a Lei de Deus. E, não importa qual dos mandamentos, basta um deles, pois de forma sagaz ele entende perfeitamente o que significa os ensinos de Tiago:

"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade." (Tiago 2:10-13 cf Mateus 19:16-19; I João 3:4-6)

Outros exemplos demonstram a existência dos Dez Mandamentos antes de ser entregue no monte Sinai, como: o assassinato de Abel; promiscuidade e idolatria de vários povos da antiguidade como de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18:20; Gênesis 19:4-5 cf Romanos 1:18-32); Abrão antes de se tornar Abraão mentiu a respeito de seu parentesco com Sara (Gênesis 12:10-20), José resistiu ao pecado do adultério (Gênesis 39:7-23), enfim, a Bíblia revela que o Decálogo existiu antes de Moisés, e nunca foi restrita ou destinada a um povo, ou a um determinado tempo.5
Os atos pecaminosos registrados em Gênesis, não poderiam ser classificados como tal se a Lei de Deus não existisse anteriormente para revelá-los (Romanos 5:10-15; Romanos 7:7-8). Os ensinos bíblicos não favorecem ideologias contrárias aos Dez Mandamentos, agir contra eles é auxiliar Satanás contra Deus e Seu governo.
E Cristo, terá o próprio Legislador substituído-os por dois "novos"? (João 1:1-3 cf Marcos 2:28). Analisemos o que a Bíblia diz a respeito:

MOISÉS: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Deuteronômio 6:5; Levítico 19:18)
CRISTO: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22:37-40)
PAULO: "Não adulterarás, não matarás... se há qualquer outro mandamento, tudo se resume em: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Romanos 13:9)
JOÃO: "Peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o principio: que nos amemos uns aos outros." (II João 1:5)

Compare o que João diz em II João 1:5, com as palavras de Moisés em Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18. Note que todos repetem o que Moisés escrevera no inicio, e João chama atenção para isso dizendo: "não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o PRINCÍPIO".
Obedecendo aos quatro primeiros mandamentos estamos amando a Deus com todo coração e entendimento e os seis últimos ao próximo como a nós mesmos. Porém todos estão interligados, negligenciar qualquer um deles é tropeçar em todos como alerta Tiago 2:10-13. Cristo e os demais apenas citaram o que o Velho Testamento já ensinava, e observe que em nenhum momento é dito que os Dez Mandamentos foram modificados ou anulados (Mateus 5:17-19; Lucas 16:17).
A Bíblia revela claramente que a Lei de Deus é eterna e que existiu antes da criação do homem e, consequentemente antes de Moisés. E foi estabelecida na Terra para toda a humanidade. Os descendentes de Abraão, posteriormente chamados de povo de Israel, antes de serem convocados por Deus para representá-Lo e, levarem Seus ensinos as demais nações (Êxodo 19:5-6), já tinham o conhecimento dessa lei antes de recebê-la na sua forma escrita no Monte Sinai.
Deus não é um Criador e Governador "de improviso", que realiza Seus propósitos sem planejamento e desígnio. Ele não cria leis e regras conforme o surgimento dos acontecimentos ou das circunstâncias. E um exemplo que confirma tais afirmativas, é a seguinte declaração: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (João 1:29; Apocalipse 8:13).
O plano de salvação foi minuciosamente articulado antes da criação. O Criador tinha conhecimento das transgressões que o homem causaria a Sua lei influenciado por Satanás.6
Um simples "fruto" de uma árvore, obviamente, não foi a causa do grande conflito em que a humanidade se envolveu. As implicações registradas em Gênesis 3 vão muito além disso.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Veja as novas cédulas!

nova cédula do real

om tamanhos diferentes e tecnologia superior, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou ontem, as novas cédulas do real.

Tendo como objetivo maior seguir os padrões internacionais, Mantega afirmou que as novas cédulas irão dificultar a vida de falsificadores, e ainda vão auxiliar na “internacionalização” da moeda brasileira.

O processo de substituição das novas cédulas pelas atuais terá um prazo de aproximadamente 2 anos, sendo que ainda neste semestre as primeiras as circularem serão as de 50 e 100 reais.

Confira os novos modelos:


nova-cedula-real-2-reais
FONTE: BLOG DENIS BRAGA

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ECOLOGIA, SUPER INTERESSANTE

Os camelos só bebem água se ela estiver limpa. Nos oásis, eles são os primeiros a matar a sede, só depois disso é que as pessoas se servem. Os animais são capazes de comer qualquer coisa que encontrarem no deserto, até mesmo cactos. O interior da boca dos camelos tem um revestimento grosso, que impede a penetração dos espinhos. Apesar de serem dóceis, os camelos podem se transformar em animais perigosos. Quando não gostam de alguém, eles cultivam a antipatia por muito tempo e manifestam seu mal estar atacando com mordidas.
È capaz de beber 100 litros de água de uma só vez.

Artigo tirado do site novo tempo.
Adaptação: Israel Launê.
RETIRADO DO SITE: http://criatividadesja.blogspot.com/




Curiosidade: esquilo, o animal que mais planta árvores no mundo
Os esquilos, típicos das áreas tropicais e temperadas, são os animais que mais plantam árvores no mundo. Os bichos enterram sementes e grãos, que são seu alimento predileto, e na maioria das vezes esquecem o local onde as deixaram. Os esquilos costumam viver nas árvores e, para se locomoverem de um lugar para outro, saltam de galho em galho; seus saltos podem atingir até cinco metros de comprimento.
artigo Retirado http://novotempo.com/ecologia/2010/12/07/curiosidade-esquilo-o-animal-que-mais-planta-arvores-no-mundo/

CURIOSIDADES, MUITO INTERESSANTE.

Hipocondríaco, eu?



Uma palpitação no peito se torna motivo para a pessoa pensar que está infartando. Uma dor de cabeça a leva a pensar que pode ser um aneurisma ou, até mesmo, a presença de um tumor cerebral. Tosses corriqueiras podem causar intensa preocupação quanto a ter desenvolvido uma pneumonia. Mancha na pele? Câncer de pele! Estas são falsas crenças que passam pela cabeça de pessoas que sofrem de um transtorno de ansiedade chamado hipocondria.
Os hipocondríacos interpretam sensações corporais normais ou sintomas leves como sinais de uma doença muito grave, interpretando de forma errada os sintomas do seu corpo. Eles possuem um medo persistente de doenças e da possível falta de controle sobre elas. Normalmente são pessoas ansiosas que, como característica da ansiedade, possuem dificuldade em prestar atenção em algo fora delas, naquilo que está acontecendo ao seu redor. Em vez disto, prestam muita atenção em si mesmas, no que está acontecendo com elas mesmas, como forma de estarem sempre no controle de tudo o que acontece. Tudo aquilo que sai da normalidade, como o aparecimento de uma dor, de uma mancha, ou de qualquer outro sintoma, é interpretado como sendo extremamente grave e preocupante. Por isso, tendem a urgentemente marcar uma consulta médica a fim de confirmar a gravidade da doença.
Mas, o que geralmente acontece com pessoas hipocondríacas é que, por mais que tenham confiança no médico consultado, o medo da doença persiste mesmo quando este afirma que seus sintomas não apresentam gravidade alguma. Exames médicos podem ser solicitados e o diagnóstico pode ser negativo, mas pensamentos como “o médico deixou de prestar atenção em algum detalhe”, ou “ele errou no diagnóstico”, ou “este exame provavelmente está errado” invadem com freqüência a mente destas pessoas, o que dificulta o alívio da ansiedade. Conseqüentemente, acabam voltando ao médico diversas vezes ou trocando de médico periodicamente a fim de ouvir a opinião de outro que possa “encontrar”, definitivamente, sua doença. Outros podem se acalmar momentaneamente ou por algum período de tempo após o médico assegurá-los de que não há nada de errado com eles, ou apenas diagnosticar algo simples de ser tratado. Mas, outras preocupações tendem a emergir dias depois em relação a outros sintomas ou aos mesmos.
É comum que, aos médicos perceberem a frequência de consultas de uma pessoa, somadas à falta de problemas físicos, à prolixidade das explicações sobre os sintomas e à resistência em aceitar a opinião médica, orientem a pessoa a buscar o auxílio de um médico psiquiatra, que poderá avaliar o grau de ansiedade ou depressão que podem ser, na realidade, a causa dos sintomas físicos e da preocupação exagerada. Porém, as pessoas em questão tendem a se sentir extremamente ofendidas com tal orientação. Alguns buscam esta ajuda, outros não.
O maior desafio para estas pessoas é a compreensão de que este mal não é físico, mas emocional. Geralmente as queixas repetidas encobrem angústias que a pessoa não está conseguindo expressar. Por isso, há a necessidade de elas buscarem ajuda psicológica para o tratamento da hipocondria a fim de que consigam enxergar sentimentos e conflitos que são os verdadeiros desencadeantes de seus sintomas e preocupações. Dependendo do nível da hipocondria, a orientação de um médico psiquiatra para uso de medicamentos pode ser necessária.
Essa pesquisa foi retira da do site: http://criatividadesja.blogspot.com/