Total de visualizações de página

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

RESUMO DO TEXTO FICÇÃO E REALIDADE


                                                                                                          
RESUMO DO TEXTO FICÇÃO E REALIDADE
POR PROFº CARLINHOS JÁ(ANTONIO CARLOS ARAÚJO DA SILVA)
O texto “Ficção e Realidade” é um artigo do Professor Doutor Lauro R. do C. Figueira, o autor vem trazendo a discussão sobre a transposição da realidade para a ficção, isto é, como os textos literários podem abarcar estas duas temáticas e de que forma podemos delimitar a realidade e a ficção, como afirma o próprio autor:
“como divisar os limites entre realidade e ficção, sobretudo nos textos literários em que houve objetivação de temas extraídos de cenas de cenas quotidianas ou de evocações cientificas e filosóficas?”(p. 1)
Com a intenção de responder esta pergunta, o autor engloba em sua discussão algumas teorias de autores como Antônio Cândido, Lucien Goldmann, Georg Lukács, Michael Riffaterre e Paul Ricoeur, cada qual trazendo consigo teorias que contemplam a resposta da provocativa acima. Estes autores se posicionam de formas distintas entre si a respeito do tema, porém se encontram no mesmo campo de significação.
  Na tentativa de delimitar a realidade e ficção, o autor incorpora em seu texto a discussão sobre a mimesis e verossimilhança, alegando que esses dois conceitos fazem parte da literatura ficcional, sendo tais a verdade própria, ou a autonomia do discurso literário.
O estudioso George Lukács, apresenta o real e a ficção como um binômio reflexo estético. Tal discussão ainda se estende para o discurso de Michael Riffaterre, o qual alega que o real e a ficção, na arte literária, sendo produto de um artista que transforma a realidade em seu produto final, a ficção, a isto ele chamou de ilusão referencial. Isto é, no dize de Paul Ricoeur, o texto construído com elementos não ficcionais é chamado de representância e a transformação do real para a ficção, através do trabalho do artista literário, de representação. 
 Antônio Cândido ressalta que “o real empírico computa apenas como um elemento no circuito da criação literária”, ou seja, a vida típica consta apenas como um elemento entre outros para a formação do texto literário. Para delimitar esta sua argumentação, Cândido afirma que a literatura se configura em três funções, para que se possa determinar o discurso literário:
·         “A função total: compreende a elaboração de texto sob convenções estilístico-literárias (...);
·         A função social: abarca informações relevantes sobre a movimentação de determinada sociedade ou contexto para expressar a satisfação de necessidades espirituais e materiais (...);
·         A função ideológica: abrange a proposição dos temas políticos, culturais e subjetivos (...).”(p. 4)
Estas três funções serviriam para abarcar um sentido completo do discurso da obra literária, no âmbito estético e acabo do texto.
 Lukács, trás a argumentação de que as manifestações da vida típica, como os costumes, as tradições, as crenças, as filosofias, os modos de pensar, etc. É aproveitada pela singularidade de cada autor, pois, a partir daí ele transformará a linguagem literária conforme sua particularidade. O artista literário consegue reunir estes aspectos da vida quotidiana em arte literária, a partir da representação, isto é, a criação de um texto passará a ser uma linguagem universal no âmbito da literatura, ou seja, na linguagem lukásciana, a universalidade, onde o artista “concentra o tema objetivado: o amor, a saudade, o casamento, a luta de classe, etc. O texto, sendo construído pela intenção e pela a convenção literária”. (p. 5)
No decorrer de todo o texto, o autor procura salientar alguns exemplos de narrativas que contemplem suas argumentações, sobretudo alguns fragmentos dos Contos Amazônicos de Inglês de Sousa lhes serviram de suporte de análise para sua pesquisa.  “Enfim, o conjunto de contos corresponde a uma forma artística e, como toda forma estética, possui função universalisantes.”
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FIGUEIRA, Lauro R. do C. Ficção e realidade. UFPA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário