Total de visualizações de página

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

HOMENAGEM AO MEU AMIGO POETA, MÁRCIO BAIA

DESCONHECIDO ESCRITOR

Minha flor em um quadrado, com máquinas, ferramentas
Seres humanos vaidosos, com um entra e sai de tristezas e felicidades,
Em nosso tempo chamado de salão de beleza, me ligaste.
Quando toca o pequeno aparelho de alta tecnologia,
Que muitos acreditam ser magia extraterrestre,
Logo imagino como está e onde pode está minha amada
Que carinhosamente a chamo de minha flor.

Por este aparelho tenho momentos de prazer,
Posso sentir em minha alma seus pensamentos,
Por ele, posso ouvir sua voz excitante,
A voz que me leva até duvidar de minhas faculdades mentais.
Estranhos e desconhecidos, praguejam, judiam e até jogam pedras
Ao romance de um Romeu negro e uma Julieta cametaense
Que tentam viver felizes à margem
De um rio que a cada dia cresce ao sopro do vento.
Na igreja barroca surgida em meados de uma guerra civil e acabocada por Cabanos, imagino nossa entrada para a realização de sonhos,
E até mesmo nossa morte.

Ao descrever esses momentos singelos e formosos,
Posso dizer à você, que o meu ser encontra-se desesperado,
Que meus olhos lagrimam ao ouvir a música que nos encantou aos beijos
De carnudos lábios que juntamos em noites de lua cheia
E sob estrelas cadentes.

Lembro que certo dia briguei com um jovem
De traços de descendentes da corte,
Não briguei por simplesmente defender teorias masculinas,
Mas sim, por te amar, por querer defender-te
De um pecado chamado mentira.

Homem que sou, fui apenas julgado,
Condenado por olhares que nos cerca anos pós anos.
Fiz o que pude. Fiz amor, brinquei de todas as formas como permite a vida
Sonhei, esperei como um bom e humilde amante.

Hoje, só posso te dizer que te amo, por palavras escritas
E nem sei, se um dia você poderá lê estas simples,
Mas verdadeiras palavras.
Queria que você ligasse este fone,
Queria que você, não trocasse o número que
Guardava em minha mente.


Peço que quem lê estas frases e palavras, possa levar a você,
Peço que alguém possa colocar em uma garrafa transparente com uma tampa
Feita de nobre madeira, retirada de uma virgem mata.
Que estas lembranças e segredos possam viajar
Em um rio de tão grande quanto meu amor por você.
Para que meu sentimento possa viajar à minha querida e amada flor.


Autor: Márcio Baía


TRAIÇÃO

Espremido aos cantos da casa choro em solidão
Ouvindo os grandes poetas, descrevo meu fado, fado este que leva
A uma forma desagradável de sentimentos
Que em meu coração jamais havia sentido.

Não quero que me veja, porque fui fraco quando demonstrei lágrimas
Ao término de sua fala, onde gritou suavemente um fim.
Às minhas alegrias, ao meu amor,
A esperança de poder ficar e crescer ao seu lado.

Em uma festa banal do Deus Baco, seus lábios tocaram em outro.
Suas mãos em outro corpo tocavam aos sopros
De sussurradas palavras tão fúteis
Que não imaginava que sua alma suportava ouvi-lás.

Hum hum, hum este é o som do meu silêncio.
Hum, hum, hum, hum,
Hum, hum, hum, hum,

Com os lábios colados ao corpo tento dizer o quando amo-te,
Mas as lágrimas são mais fortes,
As lembranças são mais fortes,
A música que recorda sua paixão, agora me faz chorar.


Pergunto se não a amei o suficiente,
Questiono se os prazeres eram apenas meus,
Vejo as rosas secas aos vasos quebrados
E jogados ao lixo desconhecido.

Em um sopro perdi a amada que conquistei
Travando batalhas contra gregos e troianos.
As fotos são apenas lembrança de como era bom amar-te.
Os presentes agora são apenas pequenos artefatos de uma vingança
Contra o ódio que nasce em um coração traído.

Fiz suas malas. Joguei aos cães seus beijos manchados em meus lençóis.
Mas você não sabe a dor que rasga meu peito,
Meus olhos afogam-se de tanto meu coração pulsar em suas lembranças.
O fino grito do poeta piora a saudade.
O que te peço, é um pequeno tempo para abandonar,

Em uma estrada desconhecida,
A loucura que adotei ao descobrir
Que um dia meu amor deitou-se aos
Braços de um desconhecido.
/ Autor: Márcio Baía


DIÁRIO DO PEQUENO GURI

Crianças sonhavam nas belas noites com bicicletinhas,
Crianças de todas as almas, de lugares pequenos e grandes, lugares verdes ou Marrões, elas apenas sonhavam poder um dia correr sem fronteiras,
Sentido o vento da felicidade por estarem como pássaros às nuvens.

Ah... que tempo.
Tempo que podíamos amar sem medo de morrer.
Tempo de correr sem ser de desesperos.
Tempo de sonhar com o amorzinho no parque florido ao final da rua.

Não solto mas balões coloridos que as estrelas podiam sentir em suas pontas Solitárias.
Não subo em ônibus agora apenas para olhar rostos desconhecidos
Que tentava adivinhar quem seria o bom velhinho
Que passava em noite de natal deixando presentes embaixo de árvores Fraternas.

Agora, indo aos becos, viletas, avenidas e às pontes,
Tento lembrar que caminho usava para chegar aos sonhos,
Que permitiam aos homens, mulheres, negros, brancos,
Chineses e japoneses, norte e sul coreanos, latinos ou norte americanos viver
Em esplêndida harmonia ao pularem amarelinha riscada na simples rua de Paralelepípedo.

Sonhos onde pirulitos nasciam de árvores laranjadas.
Sonhos onde carrinhos e bonecas não tinham preços.
Sonhos onde minha bicicletinha podia voar aos cantos desejados,
Bastava piscar uma vez para ir e duas para voltar.

Onde os livros eram suas bússolas,
Eram elas que diziam a mim e aos meus amiguinhos que planeta, marte ou Venus?
Que continente, que país, que cidade iríamos pular, brincar, jogar botões, em Que lago os Pequenos e coloridos barquinhos de papeis iam flutuar, aos leves Raios do sol que tinha um Sorriso e um chapeuzinho de massinha toda Rabiscada de lápis colorido.

Agora em um acanhado leito tenho apenas meus olhares em um pedaço de espelho para lembrar os ricos e felizes dias de minha vida.
Sinto que os olhares cansados que refletem no espelho poderão ser o portal Para os sonhos de criança, que tive um dia, quando não usava roupas ou Trapos de valores e que Dão significados a almas.

A minha esquerda deita um barbudo de olhos secos, sem nenhuma lágrima
Mesmo sabendo que seus dias estão chegando ao fim.
Pergunto-me, por que este homem não deixa voar uma lagrima dos seus Olhares perdidos?
Meu coração fica apertado quando penso na resposta.

E vejo que o homem não sonhou. Não teve amigos. Não teve caminhos.
E assim, peço para apertar suas mãos finas e ao mesmo tempo frias,
Para poder passar alegrias que resta em minha alma que sentir quando Criança!
Mesmo sabendo que ao pequeno esforço posso perder o tempo, como perdi ao Crescer.

/Autor: Márcio Baía

Nenhum comentário:

Postar um comentário